Esta obra tem como característica o diálogo. Acima de tudo, contém vozes em diálogo sobre a história de Uberlândia/MG, entre o rural e o urbano. A documentação apresentadade e analisada vai desde a fundação do primeiro jornal até a chegada da TV "a cores" em 1970. O autor embaralha as cartas e faz um jogo estratégico de compreesão da cidade. Assim, entra em cena a cultura letrada, a cultura oral, o cinema, alto-falante urbano, a calçada dos brancos e a calçada dos pretos, a propaganda dos novos modelos de rádios vendidos pelas revistas e jornais da época e, assim, diversas vozes em sociabilidade e comunicação pela era do rádio. A obra contém um diálogo entre o que o autor chama de "protagonistas diretos" do universo da radiodifusão - produtores, técnicos, artistas, empresários e locutores - com os ouvintes. O autor, inúmeras vezes, coloca-se dentro do texto como testemunha do lugar e da vivência pesquisada em história oral, acervo discográfico, de jingles e spots, discursos, correspondências, propagandas políticas e comerciais e, por fim, jornais e revistas.